
O ano de 2020 foi o ano o qual os governos fizeram valer a política antitruste contra grandes empresas, como o Google e o Facebook.
No mês de dezembro, foi a vez da empresa de Jack Ma entrar na mira dessa política. Estamos falando da Alibaba, a gigante empresa de e-commerce fundada por Ma e considerada a maior plataforma de negócios business-to-business do mundo.
Você quer entender mais sobre o caso da Alibaba? Então continue a leitura do artigo pois você verá:
A política antitruste é uma medida que os países implementam para garantir uma concorrência justa entre empresas privadas. Cada país possui uma forma diferente de aplicar essa política.
No Brasil, a Lei 8.884/94 trata desse tema e permite que o Governo reprima um potencial abuso de poder econômico por um grupo ou por uma empresa, impedindo a hegemonia de mercado.
Empresas como Google, Facebook e Alibaba foram alvos de investigações a respeito da violação da política antitruste do governo norte-americano e chinês em 2020. E no próximo tópico, você poderá conhecer as acusações que estão sendo levantadas contra a empresa de Jack Ma.
O governo chinês tem investigado as ações da Alibaba por suspeita de acordos que violam a política antitruste. A empresa está sendo acusada de firmar acordos de exclusividade com varejistas, obrigando-os a venderem produtos apenas por meio da plataforma de Jack Ma.
Dessa forma, qualquer outra empresa de e-commerce não tem a possibilidade de conseguir produtos para comercializá-los em sua plataforma.
O Partido Comunista chinês afirmou para a imprensa:
"é uma medida importante para o nosso país fortalecer a supervisão antitruste no setor da Internet e promover um desenvolvimento saudável de longo prazo da economia digital [...] Se o monopólio for tolerado e as empresas puderem se expandir de forma desordenada e bárbara, a indústria não se desenvolverá de forma saudável e sustentável"
O Ant Group, o setor financeiro da Alibaba e da Alipay (a plataforma de pagamentos online também fundada por Jack Ma), manifestou-se com o seguinte pronunciamento:
"Vamos estudar seriamente e cumprir rigorosamente todos os requisitos regulamentares e faremos todos os esforços para cumprir todos os trabalhos relacionados"
O início dessa investigação contra a Alibaba já trouxe impactos para a empresa. Veja quais foram a seguir.
Com o anúncio das investigações, a empresa começou a perder confiança no mercado, o que representou uma perda de 9% na bolsa de valores de Hong Kong na segunda-feira (28/12/2020).
As quedas que a empresa sofreu entre segunda e terça representaram um prejuízo de aproximadamente US$ 116 bilhões.
Um prejuízo gigantesco não é mesmo?
As suspeitas contra a Alibaba começaram quando Jack Ma deu um pronunciamento em outubro (2020) em uma conferência em Xangai alegando que o sistema financeiro chinês tem obsessão por controlar os riscos econômicos no país, o que representa um grande obstáculo para o desenvolvimento de empresas como a Alibaba.
De acordo com o japonês Nikkei Asia, Ma ainda chamou os bancos locais de "casa de penhores", fomentando empréstimos apenas para negócios seguramente rentáveis.
Esse tipo de declaração provavelmente fez o governo chinês questionar-se: será que Jack Ma segue nossas políticas econômicas uma vez que ele as considera tão ruins?
Assim, as investigações começaram! E é válido declarar que além dos prejuízos financeiros, Ma ainda tem sofrido duras críticas saindo da figura de herói empreendedor chinês para a figura de "capitalista maligno".
Jack Ma, antes aclamado por muitos jovens por ser um empreendedor de sucesso, inspirador, como Elon Musk, até conhecido como "Papai Ma", tornou-se uma figura repudiada em questão de dias.
Agora, chamado de "vilão", "capitalista maligno" e outros nomes, Jack Ma é o empreendedor mais odiado na China, no momento.
Para tentar remediar toda essa situação, a Alibaba declarou que irá cooperar com as investigações e, paralelamente, tentará recuperar a confiança no mercado tentando recomprar US$ 6 bilhões de ações por US$ 10 bilhões.
Vamos ver se essas medidas farão a Alibaba e Jack Ma serem vistos com bons olhos pelos chineses novamente.
Grad. em Engenharia Mecânica pelo Instituto Federal do Piauí (IFPI). Foi bolsista PIBIC/CNPQ na área de Engenharia dos Materiais e voluntário em desenvolvimento de projetos de pesquisa. Participou do treinamento Sebrae Like A Boss para ideação de negócios e startups pelo SEBRAE/PI. É Líder de Projetos na equipe Sol do Equador Aerodesign/IFPI e atuou, inicialmente, como analista de Estabilidade e Controle. Voltado ao desenvolvimento de competências em liderança, gestão e tecnologia. Possui certificação em White Belt em Lean Seis Sigma, Marketing de Conteúdo, Produção de Conteúdo para web e Copywriting. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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