
Na última quarta, dia 21, o Picpay solicitou registro para IPO na Nasdaq, bolsa de valores americana de empresas do setor tecnológico. Detalhes como a quantia de dinheiro que a startup brasileira pretende levantar ainda não foram divulgados, embora já seja falado que a empresa planeja arrecadar até US $100 milhões.
Mesmo com algumas incertezas, já é possível fazer algumas projeções. Neste artigo, veremos:
Fundado em 2013, o Picpay é um aplicativo brasileiro de pagamentos online. Na prática, ele funciona como uma carteira virtual para o cliente. A partir dele, o usuário pode fazer transferências, receber pagamentos e pagar boletos, por exemplo.
O Picpay é um aplicativo muito útil para quem busca praticidade no seu cotidiano, pois ele pode permitir ao usuário que ele evite filas de bancos ou lotéricas para pagar alguma conta.
Ele também pode ser muito útil para quem busca flexibilizar o pagamento de algum boleto, pois é possível parcelar boletos em até 12 vezes no cartão de crédito cadastrado.
Apresentadas ao país em 2018, as carteiras digitais rapidamente caíram no gosto dos brasileiros. Parte dessa grande aceitação se deve ao fato de que nós somos grandes usuários de celular e, portanto, usar meios que facilitem o pagamento por meio de um smartphone é algo visto com bons olhos.
Para se ter noção da preferência do brasileiro no uso de smartphones na hora de consumir algo, segundo dados da AMARO, 53% das suas vendas foram feitas por clientes que compraram em um celular.
Ou seja, o mercado de carteiras digitais está a todo vapor no Brasil por dois motivos principais: a sua praticidade em poder pagar boa parte das suas contas em um único lugar e a baixa rejeição do brasileiro em fazer transações via smartphone.
Falando especificamente do Picpay, a empresa teve um grande crescimento em 2020 (muito provavelmente devido à pandemia), aumentando a sua base de usuários, que em 2019 era de 6,4 milhões de usuários para os seus atuais 38,8 milhões.
A Nasdaq foi iniciada em 1971, sendo focada principalmente em empresas de tecnologia. Hoje ela já diversificou bastante as empresas com as quais trabalha, mas ainda é vista como uma bolsa que lista empresas referência em inovação tecnológica.
Atualmente, a maioria das empresas brasileiras que abrem seu capital no exterior são empresas de tecnologia, como é o caso da Stone e, agora, do Picpay.
O fato de a Nasdaq ser conhecida por listar gigantes da tecnologia, como Google, Paypal e Apple, é um dos fatores que pode ajudá-la na captação de novas empresas.
Outro ponto que pode ser muito relevante para as empresas brasileiras é que as bolsas americanas possibilitam que as empresas brasileiras entrem em contato com os maiores investidores do mundo.
Assim, embora seja mais caro para as empresas brasileiras abrirem seu capital na terra do Tio Sam, os potenciais ganhos futuros no valuation do empreendimento por estarem em contato com os melhores do mundo acabam se sobressaindo aos maiores custos iniciais no IPO.
Assim como qualquer outra empresa que abre seu capital, o objetivo do Picpay com esse IPO é muito claro: levantar fundos para se fortalecer frente à concorrência a partir de possíveis fusões e outras formas de crescimento.
É válido lembrar que o Picpay compete diretamente com as extremamente populares fintechs e também com outras plataformas de pagamento, como o MercadoPago.
Ultimamente o Picpay teve seus esforços de crescimento voltados principalmente para o seu marketing, onde atuou em frentes de divulgação através do BBB (Big Brother Brasil) e também contratando artistas de alta relevância, como Fábio Porchat, Babu e Iza.
Em 2020 a empresa teve um faturamento de quase 390 milhões de reais e atualmente possui quase 39 milhões de usuários cadastrados. A expectativa é que esses valores aumentem consideravelmente com a chegada dos recursos provenientes do seu IPO.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
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