
As moedas digitais vêm ficando cada vez mais populares. Hoje vemos esses ativos atingindo valores antes inimagináveis. O Bitcoin, por exemplo, no momento em que esse artigo é escrito está cotado em mais de 200 mil reais.
Além disso, meios de pagamento digitais, como o PIX, também vêm ganhando o coração dos consumidores. O Banco Central informou que essa plataforma já superou DOC, TED e boletos nos pagamentos pelo Brasil.
Diante disso, é visto que a moeda brasileira precisa se renovar para acompanhar as inovações tecnológicas da nossa sociedade. E é exatamente isso que o Banco Central pretende fazer com a implementação do real digital.
Para entender melhor sobre isso, nesse artigo vamos ver:
Como o próprio nome sugere, uma moeda digital é aquela que não existe fisicamente, sendo armazenada digitalmente em algum lugar.
Não confunda com criptomoedas, como o Bitcoin ou com o queridinho de Elon Musk, o Dogecoin. As criptomoedas são apenas um tipo de moeda digital.
As moedas digitais podem ou não ter lastro e também podem ou não serem usadas como moeda oficial de um país.
Em outros países isso é até mesmo uma realidade. A China, por exemplo, já trabalha com a sua própria moeda digital, chamada de Digital Currency Electronic Payment (DCEP).
Sim, segundo informação do Banco Central no último dia 24, o Brasil pode ter uma moeda digital que servirá como uma extensão do real que temos hoje.
Segundo o próprio Banco Central, a medida serve para que a moeda brasileira possa acompanhar o dinamismo da evolução tecnológica brasileira.
Segundo Fábio Araújo, que vem coordenando as atividades sobre a possível moeda digital, a nova modalidade de dinheiro não tem nada a ver com as criptomoedas. Para ele, as criptomoedas são ativos voláteis e devem ser tratadas com cuidado pela população.
A nova moeda digital brasileira será gerida pelo Banco Central, assim como o real é. Portanto, na prática não vão existir grandes diferenças entre ela e a moeda atual.
A moeda digital abre a possibilidade de se desenvolver novas soluções com smart contracts (contratos digitais a partir da tecnologia blockchain), internet das coisas (também chamada de IoT), além de pagamentos em lojas e demais estabelecimentos comerciais.
O Banco Central ainda afirmou que a moeda digital seguirá todas as recomendações internacionais no que diz respeito à inibição de corrupção, lavagem de dinheiro ou desvio de fundos por facções criminosas.
Ainda foi dito que a moeda possibilitará o rastreio, por meio de ordem judicial, para que atividades ilícitas possam ser localizadas e devidamente inibidas, além de possibilitar pagamentos internacionais.
Ainda não há um cronograma específico para a implementação da moeda digital. O Banco Central afirma que ainda são necessários diálogos com a iniciativa privada e com a sociedade para que a ideia seja implementada.
Bom, a moeda digital que o Banco Central pretende lançar está muito mais próxima da moeda física que trabalhamos hoje do que das criptomoedas, como o Bitcoin ou o Dogecoin, por exemplo.
Isso porque a moeda digital em debate é apenas uma extensão do real que nós temos atualmente, enquanto que as criptomoedas são um ativo financeiro, assim como as ações de uma empresa ou um imóvel, por exemplo.
Além disso, o real digital não deixará de ser uma moeda fiduciária (ou seja, que tem seu valor atrelado ao seu país de origem), enquanto que as moedas como o Bitcoin são independentes de qualquer governo, sendo reguladas pelo próprio mercado.
Portanto, a única semelhança entre o real digital e as criptomoedas mais populares do momento é o fato de que ambas são dinheiro digital, mas a forma como o seu valor é definido é completamente diferente.
Grad. em Engenharia Elétrica na Universidade Federal de Santa Maria. Participou do Movimento Empresa Júnior atuando em consultorias, gerenciamento de equipes e no setor de marketing pela ITEP Jr. Bolsista de iniciação científica na área de eficiência energética. Possui formação em Excel avançado, Gerenciamento de Projetos, Fundamentos de Scrum, Produção de conteúdo, Marketing de conteúdo, Copywriting e Revisão de conteúdo. Especialista na produção de conteúdo na área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Voitto.
Entre para nossa lista e receba conteúdos exclusivos e com prioridade.
Respeitamos sua privacidade e nunca enviaremos spam!