O que são debêntures?
Como funciona o investimento em debênture?
Quanto rendem as debêntures?
Tipos de debêntures
Classificação quanto à incidência de imposto de renda
Qual o melhor tipo de debênture?
O investimento em debêntures é seguro?
Riscos das debêntures
Vantagens e desvantagens de investir em debêntures
5 dicas para começar a investir em debêntures
Tem muito mais!

Debêntures: tudo que você precisa saber sobre esse produto financeiro

Saiba o que é debênture, como funciona, quais os riscos e tipos de um dos investimentos mais rentáveis da renda fixa.

Thiago Coutinho
Por: Thiago Coutinho
Debêntures: tudo que você precisa saber sobre esse produto financeiro

Muitas pessoas buscam alinhar bons rendimentos à segurança e previsibilidade. Um dos produtos financeiros mais ideias para solucionar essa situação são as debêntures. Afinal, é um tipo de renda fixa, porém usualmente com maiores rentabilidades.

Emprestar dinheiro para empresas sem tomar os riscos como sócio e saber o valor que terá de rendimento são benefícios que as debêntures oferecem para o investidor.

Então para que você aprenda mais sobre esse assunto, neste artigo vamos mostrar tudo sobre as debêntures e como escolher a melhor opção para começar a investir. Para isso, neste artigo você vai conferir:

  • O que são debêntures?;
  • Como funciona o investimento em debênture?;
  • Quanto rendem os debêntures?;
  • Tipos de debêntures;
  • Classificação quanto &agrave incidência de imposto de renda;
  • Qual o melhor tipo de debênture?;
  • O investimento em debêntures é seguro?;
  • Riscos dos debêntures;
  • Vantagens e desvantagens de investir em debêntures;
  • 5 dicas para começar a investir em debêntures.

O que são debêntures? 

As debêntures são títulos de dívidas de empresas. Esse é um dos mecanismos que as organizações encontram para captação de recursos sem necessariamente usar intermediários financeiros como bancos.

Para as empresas a vantagem está em condições melhores de pagamento. Podem ser taxa de juros mais atrativa do que as cobradas por instituições financeiras e prazos mais adequados para o planejamento.

Pela captação de recursos ser feita diretamente pelas empresas e repassadas para investidores, as taxas são menores do que as pagas para empréstimos tomados diretamente com bancos.

No entanto, as rentabilidades são maiores também para os investidores comparadas a outros tipos de investimento, como Tesouro Direto e Letras de Crédito. Por isso, esse produto financeiro se torna tão atrativo.

Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), esse investimento, mesmo antes do ano de 2019 terminar, já representava 48,9% das emissões de capitais no mercado financeiro. Comprovando assim os benefícios da oferta por empresas e de aplicação para os investidores.

Como funciona o investimento em debênture?

As debêntures normalmente podem ter três tipos de rentabilidade:

  • Pós-fixada: a taxa de retorno é indexada &agrave um indicador econômico, com isso o valor a ser recebido depende a performance dessa variável;
  • Pré-fixada: o retorno é totalmente previsível e calculado a partir da taxa de retorno fixada antes mesmo da aplicação;
  • Híbrida: é a junção das duas modalidades anteriores, fazendo com que parte do retorno seja previsível e parte indexado &agrave um fator variável.

No que tange aos prazos, as debêntures costumam ser a arrecadação de fundos para projetos específicos das empresas. Por isso, costumam ser emitidas para vencimento em longo prazo.

Porém, mesmo que o detentor compre para resgate em um longo período de tempo é possível que ele revenda a posse da debênture para outro investidor através do mercado de capitais secundário.

Assim, mesmo distante do vencimento quem aplicou consegue resgatar o valor e quem não comprou durante a emissão de debêntures consegue adquirir.

Quanto rendem as debêntures?

As debêntures têm sido o título de dívida mais emitido no Brasil. Em 2018, por exemplo, representou 62% desse tipo de captação de recursos segundo a B3, bolsa de valores brasileira.

Devido a seu alto volume de opções e negociação, é possível encontrar diversas rentabilidades. Elas dependem de três fatores principais: forma de rentabilidade, prazo para resgate e condições de pagamento.

Tipos de debêntures

Existem diversas subclassificações das debêntures. Elas se diferenciam em forma de pagamento, taxas e prazos. Antes de escolher qual a melhor opção, é importante saber sobre qual delas mais se encaixa a seu perfil de investidor.

Confira as diferenças quanto ao pagamento e resgate:

Debêntures Simples

As debêntures simples são o tipo mais básico desse investimento. Caso alguém aplique nelas, receberá seu montante ao fim do prazo de vencimento na conta da instituição que intermediou a compra, sendo ela uma corretora ou um banco.

Debêntures Conversíveis

As debêntures conversíveis ao fim do prazo de vencimento são convertidas em ações da companhia emitente. Ao invés do investidor receber seu dinheiro de volta com os juros, ele é transferido através da posse de ações da empresa.

Por sua vez, caso o investidor queira receber o capital investido deve vender a sua participação como acionista no mercado financeiro. Essa transação é feita através da bolsa de valores depois dos investimentos serem convertidos em ações.

Debêntures Permutáveis

Assim como as debêntures conversíveis, as do tipo permutáveis permitem a conversão do papel em ações. No entanto, as ações serão de uma companhia diferente da emissora das debêntures.

Essa situação acontece geralmente quando as empresas que emitem são controladas ou controladoras da organização que disponibilizará as ações para conversão.

Debêntures Perpétuas

A maior parte dos tipos de debêntures possuem prazo de vencimento estipulado, no entanto isso é o que as diferenciam das debêntures perpétuas. Nesse tipo de papel, o investidor não possui data para resgate do capital investido.

No entanto, usualmente, há períodos estipulados de remuneração. Por exemplo: pagamentos mensais ou anuais. Essas condições são acordadas na divulgação da debênture.

Debêntures Participativas

Além das remunerações iguais aos outros tipos de debêntures, as do tipo participativas oferecem parte dos lucros da empresa emissora dos papéis. Essas condições são acordadas nos termos de compra.

Classificação quanto à incidência de imposto de renda

Debêntures Incentivadas

As debêntures incentivadas normalmente são emitidas por empresas que contribuem para a infraestrutura do país. Os projetos podem ser de privatização de rodovias, saneamento básico ou aeroportos, por exemplo.

Por conta desse fato, elas possuem um incentivo fiscal através da não incidência de Imposto de Renda para a execução do projeto. Isso é repassado para o investidor pela não tributação do rendimento.

Debêntures Comuns

As debêntures comuns, ao contrário das incentivadas, possuem rendimento tributado. No entanto, a incidência de imposto de renda é por taxas regressivas. Isso significa que quanto mais tempo o valor ficar investido, menor será o valor retido.

Vale ressaltar que assim como os outros produtos de renda fixa, o imposto de renda é calculado sobre a diferença entre o valor aplicado e o montante ao final do período investido. Confira as taxas de incidência de imposto de renda:

Tributação Regressiva do Imposto de Renda

Qual o melhor tipo de debênture?

Ao contrário do que muitas pessoas pensam, as debêntures incentivadas nem sempre são as mais rentáveis. Por isso, é essencial analisar todas as opções antes de decidir em qual você investirá.

Para isso, da taxa de rentabilidade retire o valor de imposto de renda de acordo com o prazo de investimento. Dessa maneira será possível comparar uma debênture incentivada com uma comum. Mas afinal, quais são os riscos e garantias deste produto financeiro?

O investimento em debêntures é seguro?

Dentre os investimentos de renda fixa, a debênture é uma das opções mais arriscadas. No entanto, isso não significa que todos os produtos financeiros dessa modalidade não possuam segurança.

Apesar do retorno não ser respaldado pelo Fundo Garantidor de Crédito, há empresas consolidadas e com ótimos desempenhos que emitem debêntures.

Por isso, é sempre importante analisar a instituição que emite esse título de dívida, seu resultado nos últimos anos, assim como o projeto ao qual será destinado o valor arrecadado.

Essa é uma das maneiras mais eficientes de analisar a segurança das opções de debêntures.

Riscos das debêntures

As debêntures são empréstimos de investidores à empresas. Por isso, o seu maior risco é referente ao fato de que a organização pode não ter condições de quitar sua dívida. Essa situação é chamada de risco de crédito.

Apesar de não possuírem garantia do Fundo Garantidor de Crédito, essas aplicações têm outros tipos de respaldos para que os investidores possuam mais segurança nesses produtos financeiros.

As debêntures podem ter os seguintes tipos de garantia:

  • Garantia real: bens ou direitos da empresa dados como garantia. No caso da empresa não quitar suas dívidas, eles entrarão em hipoteca, penhor ou anticrese;
  • Garantia flutuante: enquanto na garantia real os bens e direitos só podem ser vendidos antes da quitação da dívida com a aprovação dos debenturistas, na garantia flutuante isso pode acontecer mesmo sem essa validação;
  • Garantia sem preferência: em caso de falência, os debenturistas não terão direitos preferenciais sobre o ativo da empresa, dividindo-os com os demais credores;
  • Garantia com preferência: nesse tipo de garantia, os detentores de debêntures possuem preferência de pagamento apenas sobre o crédito dos acionistas.

Depois de entender quais garantias asseguram as debêntures, saiba também as vantagens e desvantagens de se investir nesse produto financeiro

Vantagens e desvantagens de investir em debêntures

As debêntures, como qualquer investimento em renda fixa ou em renda variável, possuem benefícios assim como desvantagens. Vale analisar as opções para entender qual é a melhor delas de acordo com o seu perfil.

Para isso, confira as vantagens do investimento em debêntures:

  • Rendimentos normalmente mais altos que os demais produtos de renda fixa;
  • Previsibilidade do retorno e prazo de resgate;
  • Investimento em empresas consolidadas sem se tornar sócio;
  • Possibilidade em conversão para ações;
  • Possibilidade de isenção de imposto de renda.

No entanto, também há desvantagens nesse produto financeiro, como:

  • Não há cobertura do Fundo Garantidor de Crédito;
  • Risco do não recebimento caso a empresa entre em falência;
  • Risco de crédito com promessas de altos rendimentos que a companhia poderá não conseguir cumprir.

Agora que você já sabe o que são as debêntures, tipos, rentabilidades, vantagens e desvantagens, aprenda como começar a investir em debêntures.

5 dicas para começar a investir em debêntures

Depois de descobrir tudo sobre as debêntures, confira 5 dicas para começar a investir nessa aplicação financeira e saiba como escolher a melhor opção.

1. Abra uma conta em uma corretora 

Normalmente, as corretoras oferecem um grande portfólio com opções de debêntures. Além disso, também é possível através dessas instituições financeiras comprar opções que já foram emitidas e não são mais vendidas pela própria empresa através do mercado secundário.

2. Se planeje financeiramente

Ter um planejamento financeiro pessoal é uma das formas de fazer escolhas assertivas. Através dele é possível ter uma previsão de quando precisará do dinheiro e qual a opção mais rentável durante esse período de tempo.

3. Se atente para os detalhes

Como você conferiu nesse texto, existem muitas especificidades nos tipos de debêntures ofertados. Por isso, avalie se há incidência de imposto de renda ou não, se há a possibilidade de conversão e quais as garantias oferecidas.

4. Compare as opções

Depois de saber todos os detalhes, compare qual mais se adequa à suas necessidades de acordo com risco, rentabilidade e prazo de vencimento.

5. Estude

Investir é um estudo constante sobre as opções oferecidas no mercado de capitais. Por isso, é importante sempre se atualizar e buscar novos conhecimentos no assunto.

Tem muito mais!

Antes que você pense que já sabe tudo e comece a investir sem embasamento, eu preciso te fazer um alerta: o mundo dos investimentos é muito mais abrangente do que apenas ações ou debêntures.

Por isso, para começar a investir, você deve primeiramente passar por um processo de educação financeira pessoal, aprendendo os termos que circundam o tema e a maneira correta de relacionar-se com o seu dinheiro.

Para se preparar para esse mundo e começar a fazer com que sobre dinheiro e que ele trabalhe por você, conheça agora o Curso de Gestão Financeira Pessoal.

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Thiago Coutinho

Thiago Coutinho

Thiago é formado em Engenharia de Produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou com metodologias para redução de custos e otimização de processos na Votorantim Metais, ingressando posteriormente na MRS Logística como trainee, onde ocupou posições de gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificação Microsoft Office Specialist (MOS®) e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atendeu a diversas empresas em projetos de consultoria, além de treinamentos e palestras relacionadas a Lean Seis Sigma, Carreira e Empreendedorismo em congressos de renome nacional como o ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) e internacional como Congresso Internacional Six Sigma Brasil. No ambiente acadêmico atua como professor de cursos de Graduação e Especialização nas áreas de Gestão e Empreendedorismo. Empreendedor serial, teve a oportunidade de participar de empreendimentos em diversos segmentos. Fundador do Grupo Voitto, foi selecionado no Programa Promessas Endeavor, tendo a oportunidade de receber valiosas mentorias para aceleração de seus negócios. Atualmente é mentor de empresas e se dedica à frente executiva da Voitto, carregando com seu time a visão de ser a maior e melhor escola on-line de gestão do Brasil.

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