O que é o Fordismo?
Como o Fordismo funciona na prática?
As 5 principais características do Fordismo
Desvantagens do Fordismo
A crise do Fordismo
Diferenças entre o Fordismo e Toyotismo
Quer aprender mais?

Entenda o que é o Fordismo, onde ele surgiu e quais são suas características

Descubra o que é o Fordismo e entenda como esse modelo de produção industrial em massa revolucionou as organizações e a produção de automóveis.

Tatiana Prado
Por: Tatiana Prado
Entenda o que é o Fordismo, onde ele surgiu e quais são suas características

O Fordismo é um modelo de produção industrial em massa,idealizado por Henry Ford em 1914, que marcou a Segunda Revolução Industrial.

Mas, você sabia que o Fordismo pregou as tão famosas padronizações da produção e reduções dos custos da organização?

Fique ligado, porque você descobrirá como isso aconteceu e se isso foi efetivo na época (spoiler), por meio dos seguintes tópicos:

  • O que é o Fordismo?
  • Como o Fordismo funciona na prática?
  • As 5 principais características do Fordismo;
  • Desvantagens do Fordismo;
  • A crise do Fordismo;
  • Diferenças entre Fordismo e Toyotismo.

Vamos começar?

O que é o Fordismo?

O fordismo é um modelo de produção em massa que foi muito utilizado nos Estados Unidos por ser um sistema de produção de automóveis inovador que tem como objetivo reduzir o tempo de produção e, consequentemente, os custos da organização e dos veículos.

Além disso, o período que o fordismo esteve em alta foi marcado pela racionalização do processo de produção e pelo acúmulo de capital.

Isso porque, mais pessoas podiam comprar automóveis, possibilitando, assim, o crescimento e a abertura do mercado em outros setores.

Basicamente, o fordismo trouxe o desenvolvimento de maquinários e de instalações industriais nunca visto antes, sendo um marco histórico para a revolução industrial.

Como o Fordismo funciona na prática?

O fordismo é baseado em três princípios principais: intensificação, economia e produtividade. Para entender mais sobre esses princípios e como eles funcionam na prática iremos explicar detalhadamente cada um deles.

Intensificação da produção

A linha de montagem no fordismo tinha como principal objetivo reduzir o tempo de produção e chegada da mercadoria em questão até o seu consumidor final. Para isso, implementaram a linha de montagem automatizada, tornando o processo mais organizado. Além disso os trabalhadores passaram a se especializar em uma atividade principal, uma das consequências desse método foi a intensificação do ritmo de trabalho.

Economia

A economia tinha como meta a redução de peças em estoque, evitando desperdícios e diminuindo custos relacionados à produção.. Um exemplo disso, é o episódio onde todos os carros disponíveis para a venda foram pintados de preto, pois era a tinta mais barata e a que secava mais rápido.

Produtividade

A partir do momento em que o trabalhador passa a exercer a mesma função repetidamente, ele se torna um especialista na área, podendo executar seu trabalho em um menor intervalo de tempo sem perder a qualidade. Assim, a produtividade tende a aumentar, e as chances de erros e desperdícios reduzem significativamente.

As 5 principais características do Fordismo

As principais características do fordismo que inclusive serviram como exemplo para outras indústrias, como as de siderurgias e têxtil, são:

1. Uso de esteiras rolantes

Provavelmente você já deve ter visto alguma imagem do Charles Chaplin exercendo alguma operação simples em uma esteira rolante no filme "Tempos Modernos".

Pois, era assim que funcionava o uso de esteiras rolantes nas linhas de montagem, revolucionando a produção da época.

Dessa forma, o objeto era entregue ao operário e ele realizava apenas uma operação simples, não exigindo, assim, a qualificação dos colaboradores.

2. Especialização da mão de obra

Acreditava-se que a especialização dos funcionários em uma tarefa específica resultaria na maior produtividade do processo produtivo, já que reduziria o tempo de fabricação dos automóveis.

3. Padronização da Produção

Por meio do sucesso de vendas dos modelos T, o empresário Henry Ford percebeu que era útil e rentável estabelecer padrões na sua produção.

Portanto, ele fez altos investimentos em máquinas e instalações que permitiram a produção de mais de 2 milhões de automóveis por ano.

Além disso, a fim de a produção ficar mais barata e mais rápida, só eram oferecidos automóveis na cor preta, limitando mais ainda a diversificação de opções de cores do modelo.

4. Produção em massa

Como tudo que era produzido era vendido e consumido pela população, Ford decidiu aumentar a produção industrial até chegar no seu limite.

5. Redução do tempo de produção

Com a especialização da mão de obra em uma função ou etapa do processo e com a padronização da produção, houve uma drástica redução do tempo em que se levava para produzir um automóvel.


Quer saber mais sobre o fordismo? Separamos esse vídeo para você:

Desvantagens do Fordismo

Apesar de o fordismo ter proporcionado um maior poder de compra de automóveis e um crescimento dos polos industriais, possibilitando até a construção de mais rodovias, o modelo não foi sustentável a longo prazo.

Entre as desvantagens que o sistema apresentava, estava a baixa qualificação dos colaboradores que, além de executarem um trabalho repetitivo e desgastante, seus salários eram baixos para compensar os baixos custos dos veículos.

Isso levou ao surgimento de sindicatos que defendiam os direitos dos trabalhadores.

Além disso, o fordismo se tornou um sistema muito rígido, resultando na sua crise na década de 1970, como você verá no tópico a seguir.

A crise do Fordismo

A crise do fordismo aconteceu por causa da superprodução, que levou aos estoques cheios e também por causa da pressão sindical.

Com isso, a General Motors, que já investia na flexibilização da produção, com lançamentos de automóveis diferenciados, teve a sua ascensão no mercado.

A produção que antes era em massa, tomou lugar para a produção enxuta, desenvolvida pelo novo modelo de produção, o toyotismo.

Mais tarde, a Toyota tornou-se a maior montadora de automóveis do mundo e o fordismo tornou-se obsoleto, por mais que algumas empresas ainda utilizem esse modelo.

Diferenças entre o Fordismo e Toyotismo

Quando ouvimos falar de Fordismo, é comum lembrar também do Toyotismo. Mas você sabe a diferença entre os dois?

Fordismo

Como foi visto anteriormente, o fordismo busca a produção em massa através da especialização da mão de obra, padronização da produção e também auxílio de máquinas. Além disso, o fordismo tem como característica manter estoques. Devido a ideia de reduzir custo, muitas vezes o produto acaba não tendo uma boa qualidade, pois a escolha da matéria prima acaba sendo a mais barata.

Toyotismo

O Toyotismo, por outro lado, funciona de maneira diferente. A produção é feita sob demanda, que por sua vez, evita a existência de estoques, fazendo com que o dinheiro seja economizado.

Um outro ponto a destacar em relação a diferença entre os modelos de produção é que no Toyotismo todos os colaboradores possuem o conhecimento geral dos processos dentro da fábrica. Sendo assim, os colaboradores poderão executar tarefas de maior demanda quando necessário.

E como um modelo precursor do Toyotismo ainda temos o Lean Manufacturing que também foi desenvolvido pela Toyota.

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Tatiana Prado

Tatiana Prado

Grad. em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Juiz de Fora. Possui certificação em Produção de Conteúdo para Web, Revisão de Conteúdo para Web, Copywriting e Fundamentos de Growth Hacking. Trabalhou de 2018 a 2019 na Mais Consultoria Jr como Consultora e Gerente de Projetos, onde obteve experiências nas áreas Financeira, Estratégica e de Qualidade. Aprofundou seus conhecimentos sobre gestão de negócios realizando um intercâmbio em San Diego na Califórnia, onde cursou Business Management na Stafford House International. É especialista em Marketing de Conteúdo. Está sempre em busca de novos conhecimentos e desafios. Especialista na produção de conteúdo do Grupo Voitto.

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