O que é o ROA de uma empresa?
Como calcular um ROA?
Como interpretar o ROA de uma empresa?
Quais são os benefícios do ROA?
Como aumentar o ROA da empresa?
Quando não usar o ROA?
Como melhorar a gestão financeira?

Entenda o que é o Retorno Sobre Ativos (ROA), quais seus benefícios e como calculá-lo!

Aprenda o que é o ROA (Retorno Sobre Ativos), um indicador que avalia o lucro gerado e a performance dos seus ativos a partir de um simples cálculo.

Thiago Coutinho
Por: Thiago Coutinho
Entenda o que é o Retorno Sobre Ativos (ROA), quais seus benefícios e como calculá-lo!

ROA é a sigla para "Return on Assets", que em português significa "Retorno sobre Ativos". O ROA é uma métrica financeira utilizada para avaliar a eficiência com que uma empresa utiliza seus ativos para gerar lucro.

Você é um investidor ou pensa em investir em um negócio? Não tem certeza sobre a rentabilidade de um investimento? A eficiência dos retornos investidos está em baixa?

O indicador ROA, a partir de um cálculo simples, pode tirar suas dúvidas iniciais e auxiliá-lo a identificar os principais motivos que levaram o retorno a ser abaixo do esperado, além de apontar a melhor opção de negócio para investir.

Afinal, uma empresa com um ROA alto está obtendo um melhor retorno em relação aos seus ativos, o que é considerado positivo. Por outro lado, um ROA baixo pode indicar que a empresa está tendo dificuldades em utilizar efetivamente seus ativos para gerar lucro.

Ficou curioso? Então, continue a leitura e acompanhe os tópicos abaixo para entender mais sobre o ROA:

  • O que é o ROA de uma empresa?
  • Como calcular um ROA?
  • Como interpretar o ROA de uma empresa?
  • Quais são os benefícios do ROA?
  • Como aumentar o ROA da empresa?
  • Quando não usar o ROA?

Vamos lá?

O que é o ROA de uma empresa?

O ROA (do inglês, Return on Assets) significa Retorno sobre os Ativos. Trata-se de um indicador que calcula a capacidade de uma empresa gerar lucro a partir dos seus ativos. Com esse indicador, investidores e analistas podem avaliar o quanto um negócio pode retornar aos acionistas, além da eficiência dos seus gestores.

O ROAé um indicador de rentabilidade, ou seja, ele mede se a empresa está ganhando ou perdendo dinheiro em cima dos ativos, que podem ser estoque, máquinas, equipamentos, imóveis, investimentos, duplicatas a receber, entre outros.

Existem outros indicadores de rentabilidade que podem ser usados, como o Retorno sobre Investimento - ROIe o Valor Presente Líquido - VPL. Usar mais de um indicador facilita a tomada de decisão e ajuda a identificar possíveis erros, inclusive no cálculo desses e de outros indicadores.

Como calcular um ROA?

Agora que você já sabe o que é o ROA e como ele é importante, vou ensinar como calcular esse indicador financeiro!  Você vai aprender como obter esse retorno, a partir da fórmula a seguir, de uma maneira bem simples. Vejamos:

Fúrmula do ROA


Em outras palavras, o ROA nada mais é do que o resultado do Lucro Operacional dividido pelo Ativo Total. Mas, você sabe como obter o Lucro Operacional? Se não, não se preocupe, é mais fácil do que você imagina!

O Lucro Operacional é retirado do DRE, que está disponível na imagem a seguir:

DRE Lucro Operacional


Já o Ativo Total é retirado do valor disponível no Balanço Patrimonial, como podemos ver a seguir:

Balanço Patrimonial


Dessa forma, com os valores em mãos, podemos fazer o cálculo propriamente dito do ROA:

ROA exemplo

ROA exemplo


A partir do cálculo acima, vemos que o retorno sobre os ativos é de 555%. Esse valor mostra como a empresa possui um retorno significativo em relação aos seus ativos.

Como você pode perceber, o cálculo do ROA através da fórmula fornecida anteriormente é bem simples.

No entanto, alguns estudiosos da área de finanças utilizam a fórmula que usa o NOPAT, que é o Lucro Operacional após Impostos. Além dos impostos, o NOPAT subtrai os valores da depreciação. A fórmula com o NOPAT é bem parecida, como podemos ver  a seguir:

ROA após impostos


Assim, para entender melhor como funciona o cálculo desse indicador usando o NOPAT,  observe a tabela a seguir, que agora considera os impostos como 34%. Dessa forma, o valor circulado em vermelho é o Lucro Operacional descontando os impostos, ou seja, o Lucro Operacional 34% menor:

DRE IR+CS


Então, o valor do ROA utilizando o NOPAT sofre uma alteração. Como podemos ver a seguir:

ROA exemplo

ROA exemplo

Assim, podemos ver que o retorno sobre os ativos cai quando levamos em consideração os impostos. Por isso, esta é a forma usada pelos profissionais da área de finanças por trazer um valor mais preciso. É importante ressaltar que o NOPAT também leva em consideração a depreciação.

No exemplo que acabamos de ver, só consideramos os impostos, mas caso também tivéssemos subtraído a depreciação, o retorno seria ainda menor.

Dessa forma, as empresas precisam ter muito cuidado com os dados utilizados no cálculo de seus indicadores, como vimos no caso do ROA, pois ela pode estar tomando decisões em cima de dados ilusórios.

A fórmula mais simples de calcular o ROA deve ser usada apenas em negócios menores, onde não há necessidade de valores mais precisos.

Como interpretar o ROA de uma empresa?

A partir das informações fornecidas até o momento, você pode perceber que quanto maior o valor do ROA, ou seja, quanto maior o lucro operacional gerado pelo meu ativo, melhor é o indicador.

Como o ROA é dado em porcentagem, facilita a interpretação dos investidores sobre a eficiência do negócio em converter ativos em dinheiro líquido.

O objetivo do ROA é analisar se o ativo da organização em termos de caixa, equipamento, terreno, entre outros, é tão eficaz para gerar um aumento do lucro operacional, ou seja, se eu estou tendo um retorno satisfatório sobre o ativo.

No geral, para avaliar o resultado do ROA, é feita uma comparação com empresas do mesmo setor. As empresas de capital aberto têm essas informações disponíveis na internet e, assim, você consegue avaliar se o retorno sobre o ativo está melhor, pior ou igual às empresas concorrentes.

Outra forma de avaliar é a partir de uma análise interna, comparando o ROA dos anos anteriores com o do ano atual para fazer melhorias na operação.

Quais são os benefícios do ROA?

Além do benefício já demonstrado, que permite o investidor avaliar um negócio a partir do Retorno sobre Ativos, podemos destacar outros:

  • Analisar se o lucro está aumentando ou diminuindo;
  • Avaliar a capacidade de produzir vendas a partir do ativos fixos;
  • Utilizar indicadores para medir a gestão do capital de giro;
  • Avaliar como está o rendimento da sua empresa em relação aos seus concorrentes;
  • Medidas que avaliam as habilidades do gestor para administrar custos e despesas e também alocar recursos;
  • Capacidade máxima de custo de captação de recursos que a empresa pode suportar. 

Podemos  destacar também a importância do ROA no que se refere a alavancagem financeira, uma vez que este indicador mede o retorno sobre ativos. Ativos estes que podem ter sido financiados por endividamento externo.

Assim, utilizando o ROA, uma empresa tem ideia do Grau de Alavancagem Financeira, ou seja, consegue medir o grau do seu retorno em cada ativo adquirido.

Como aumentar o ROA da empresa?

Antes de falar sobre como melhorar esse indicador, é importante citar as principais causas que levam as empresas a possuir um valor baixo do ROA, como:

  • Investir em projetos sem análise prévia sobre sua rentabilidade;
  • Elevados custos com despesas;
  • Ineficiência dos ativos devido a desperdícios ou falta de uso.

Assim, para aumentar o ROA, temos duas alternativas iniciais:

  • Aumentar o lucro operacional;
  • Diminuir ativos.

Geralmente, diminuir os ativos não é uma boa estratégia quando você quer crescer. Dessa forma, a melhor opção é aumentar o lucro operacional e manter o ativo.

Existem algumas medidas que podem te ajudar a aumentar o lucro operacional, como aumentar a velocidade do seu negócio, seja na rapidez da entrega ou no abastecimento de estoques.

A ferramentas tecnológicas também colaboram para aumentar a margem de lucro operacional por diminuir os custos das empresas.

Além disso, é importante que a empresa esteja frequentemente reavaliando o seu negócio, visando melhorar a alocação de recursos, com o objetivo de incrementar os seus indicadores de rentabilidade, como é o caso do ROA.

Como já falamos aqui, utilizar outros indicadores de rentabilidade é importante para analisar com maior precisão os resultados obtidos e facilitar na tomada de decisão.

Quando não usar o ROA?

Nós já vimos a importância do indicador financeiro aqui abordado, mas não é aconselhável usar o ROA quando estamos querendo comparar duas ou mais empresas.

Isso porque o cálculo desse indicador é baseado no Ativo Total, fornecido no Balanço Patrimonial, que não leva em consideração o que conhecemos como ativo intangível.

Você deve estar se perguntando o que é ativo intangível, certo? Bom, um ativo intangível nada mais é que coisas que possuem um valor, mas não possuem uma existência física, como é o caso das patentes.

Por isso, só é aconselhável usar o ROA sozinho quando queremos fazer uma comparação dentro de uma mesma empresa, como acontece nas avaliações das mudanças que ocorreram de um ano para o outro.

Finalizando, vemos que o objetivo central do ROA é saber qual o nível de lucratividade que a empresa apresenta em relação ao ativo que ela possui.

Como melhorar a gestão financeira?

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Thiago Coutinho

Thiago Coutinho

Thiago é formado em Engenharia de Produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou com metodologias para redução de custos e otimização de processos na Votorantim Metais, ingressando posteriormente na MRS Logística como trainee, onde ocupou posições de gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificação Microsoft Office Specialist (MOS®) e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atendeu a diversas empresas em projetos de consultoria, além de treinamentos e palestras relacionadas a Lean Seis Sigma, Carreira e Empreendedorismo em congressos de renome nacional como o ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) e internacional como Congresso Internacional Six Sigma Brasil. No ambiente acadêmico atua como professor de cursos de Graduação e Especialização nas áreas de Gestão e Empreendedorismo. Empreendedor serial, teve a oportunidade de participar de empreendimentos em diversos segmentos. Fundador do Grupo Voitto, foi selecionado no Programa Promessas Endeavor, tendo a oportunidade de receber valiosas mentorias para aceleração de seus negócios. Atualmente é mentor de empresas e se dedica à frente executiva da Voitto, carregando com seu time a visão de ser a maior e melhor escola on-line de gestão do Brasil.

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