O que é a Taxa Interna de Retorno (TIR)?
Como calcular a Taxa Interna de Retorno?
Cuidados necessários ao se usar a TIR
Importância da TIR
Torne-se um excelente investidor!

Veja como analisar seus rendimentos com a Taxa Interna de Retorno

Neste artigo te mostraremos o que é e como calcular a Taxa Interna de Retorno (TIR), para que você faça investimentos mais rentáveis e seguros.

Thiago Coutinho
Por: Thiago Coutinho
Veja como analisar seus rendimentos com a Taxa Interna de Retorno

Já ouviu falar de Taxa Interna de Retorno? Esse importante indicador usado na análise de viabilidade econômica de um projeto serve para indicar a rentabilidade desse investimento.

Afinal de contas, ninguém quer fazer um investimento sem garantir que terá lucro com isso, não é mesmo? Sendo assim, todo e qualquer projeto de investimento deve ser analisado cautelosamente e para ajudar nessa tarefa, temos a Taxa Interna de Retorno.

Você aprenderá sobre a TIR a partir dos seguintes tópicos:

  • O que é a Taxa Interna de Retorno (TIR)?
  • Como calcular a Taxa Interna de Retorno?
  • Cuidados necessários com a Taxa Interna de Retorno;
  • Importância da Taxa Interna de Retorno;
  • Torne-se um excelente investidor;

Vamos lá?

O que é a Taxa Interna de Retorno (TIR)?

A Taxa Interna de Retorno (TIR), em inglês - Internal Rate of Return (IRR), pode ser definida como a taxa de desconto que faz com que o Valor Presente Líquido (VPL) de um projeto seja igual a zero.

Ou seja, a Taxa Interna de Retorno é uma métrica usada para avaliar qual o percentual de retorno de um projeto para a empresa. Ao encontrar essa taxa, geralmente ela será comparada à Taxa Mínima de Atratividade para que se decida se o projeto deve ou não ser aceito.

Se a TIR for maior que a TMA, o investimento deve ser aceito (geralmente não se baseia apenas em um indicador), caso contrário será rejeitado. Em geral, as empresas darão preferência aos projetos que possuem a maior diferença entre a taxa requerida e a taxa interna de retorno.

Para entender melhor a Taxa Interna de Retorno, você deve pensar que ela é a taxa de crescimento esperado de um projeto. Sendo assim, projetos com uma TIR muito maior que outros terão uma chance muito melhor de crescimento.

Uma das principais aplicações é na análise de investimentos do tipo: estabelecer novas operações ou expandir as já existentes.

Por exemplo, uma companhia de energia está decidindo se deve abrir uma nova usina ou renovar e expandir uma já existente. Embora as duas opções sejam boas para a empresa, é provável que se escolha a opção que apresenta a maior taxa interna de retorno.

Embora a TIR seja uma métrica atraente para muitos, ela deve sempre ser usada em conjunto com o VPL (Valor Presente Líquido) para obter uma imagem mais clara do valor representado por um projeto em potencial que uma empresa possa empreender. Você pode aprender sobre VPL neste artigo: O que é VPL e o que ele representa?

Como calcular a Taxa Interna de Retorno?

Calcular a TIR é bem simples. A fórmula utilizada se baseia na mesma fórmula usada para calcular o VPL. Para achar a TIR, iguala-se o VPL a zero, e assim obtemos:

Fórmula VPL (Valor Presente Líquido) e TIR  (Taxa Interna de Retorno)

Onde:

  • FC0 = investimento inicial, sendo portanto inserido como negativo
  • FC1, FC2 ... FCt = fluxos de caixa
  • t = cada período
  • T = período total
  • VPL = Valor Presente Líquido
  • TIR = Taxa Interna de Retorno

Como você deve ter percebido pela fórmula, a TIR não pode ser calculada de forma analítica. Portanto, para calcular a taxa interna de retorno podemos usar uma calculadora financeira, um software como o Excel ou descobrir por tentativa e erro.

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Exemplo do cálculo da TIR

Vamos a um exemplo prático?

Um projeto apresenta investimento de R$ 325.000,00, ocorridos na data zero. Considerando um prazo de análise de 5 anos, um fluxo de caixa anual de R$ 90.000,00, e uma taxa mínima requerida de 9% ao ano, decida se o projeto deve ser aceito ou não.

Exemplo de Fluxo de Caixa ao longo dos anos


Para fazer o cálculo, basta montar uma tabela como esta acima e usar a função (TIR) no Microsoft Excel, selecionando todos os fluxos de caixa (incluindo o investimento inicial) nos parâmetros da função.

Fazendo isso, obtemos uma taxa interna de retorno igual a 11,93%. Ou seja, se analisarmos a viabilidade desse projeto apenas pela TIR, esse investimento será aprovado, pois a TIR é maior que a taxa mínima requerida pelos investidores.

Cuidados necessários ao se usar a TIR

Existem alguns cuidados necessários ao se usar a TIR. Apesar de suas inúmeras vantagens, nem sempre é bom utilizar esse indicador sozinho, como dito anteriormente. Usar a taxa interna de retorno apenas para avaliar um investimento pode acabar levando o investidor a tomar uma decisão equivocada.

Dependendo dos custos iniciais de investimento, um projeto pode ter uma TIR baixa, mas um VPL elevado, o que significa que, embora o ritmo de retorno da empresa nesse projeto seja lento, o projeto também pode estar adicionando uma grande quantidade de valor geral à organização.

Um problema semelhante surge ao usar a TIR para comparar projetos de diferentes comprimentos. Por exemplo, um projeto de curta duração pode ter uma TIR alta, fazendo com que pareça ser um excelente investimento, mas também pode ter um VPL baixo.

Por outro lado, um projeto mais longo pode ter uma TIR baixa, ganhando retornos de forma lenta e constante, mas como já foi dito, pode adicionar uma grande quantia de valor à empresa ao longo do tempo.

Outro problema com a TIR não é estritamente inerente à própria métrica, mas sim a um uso incorreto comum da TIR. As pessoas podem assumir que, quando fluxos de caixa positivos são gerados durante o curso de um projeto (e não no final), o dinheiro será reinvestido na taxa de retorno do projeto. Isso raramente pode ser o caso.

Em vez disso, quando os fluxos de caixa positivos são reinvestidos, será a uma taxa que mais se assemelha ao custo de capital. Calcular incorretamente usando a TIR dessa maneira pode levar à crença de que um projeto é mais lucrativo do que realmente é.

Isso, juntamente com o fato de que projetos longos com fluxos de caixa flutuantes podem ter vários valores distintos de TIR, levou ao uso de outra métrica chamada taxa interna de retorno modificada (TIRM).

A TIRM ajusta a TIR para corrigir esses problemas, incorporando o custo de capital como a taxa na qual os fluxos de caixa são reinvestidos e existindo como um único valor. Devido à correção que a TIRM faz na TIR, a taxa de retorno modificada de um projeto geralmente será significativamente menor do que a TIR do mesmo projeto.

Importância da TIR

Evidentemente, calcular a TIR é de suma importância para todo investimento. É fundamental que qualquer um que decida investir tenha conhecimento desse indicador.

É importante saber também interpretar os resultados obtidos a partir do cálculo da TIR, para não cair nas possíveis armadilhas que uma análise superficial pode gerar. Um bom investidor nunca usará apenas um indicador financeiro em suas análises, mas sim um conjunto deles, como VPL e Payback, por exemplo.

Muitas vezes, investidores escolherão projetos com uma taxa interna de retorno menor, mas que a longo prazo trarão benefícios consideráveis do ponto de vista de agregar valor à empresa.

Além disso, é importante ter uma boa compreensão da sua própria tolerância ao risco ou das necessidades de investimento da empresa, da aversão ao risco e de outras opções disponíveis.

Torne-se um excelente investidor!

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Thiago Coutinho

Thiago Coutinho

Thiago é formado em Engenharia de Produção, pós-graduado em estatística e mestre em administração pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Black Belt em Lean Six Sigma, trabalhou com metodologias para redução de custos e otimização de processos na Votorantim Metais, ingressando posteriormente na MRS Logística como trainee, onde ocupou posições de gestor e especialista em melhoria contínua. Com certificação Microsoft Office Specialist (MOS®) e Auditor Lead Assessor ISO 9001, atendeu a diversas empresas em projetos de consultoria, além de treinamentos e palestras relacionadas a Lean Seis Sigma, Carreira e Empreendedorismo em congressos de renome nacional como o ENEGEP (Encontro Nacional de Engenharia de Produção) e internacional como Congresso Internacional Six Sigma Brasil. No ambiente acadêmico atua como professor de cursos de Graduação e Especialização nas áreas de Gestão e Empreendedorismo. Empreendedor serial, teve a oportunidade de participar de empreendimentos em diversos segmentos. Fundador do Grupo Voitto, foi selecionado no Programa Promessas Endeavor, tendo a oportunidade de receber valiosas mentorias para aceleração de seus negócios. Atualmente é mentor de empresas e se dedica à frente executiva da Voitto, carregando com seu time a visão de ser a maior e melhor escola on-line de gestão do Brasil.

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